ENSINO DE GRAMÁTICA: FORMAS REMISSIVAS LEXICAIS E FORMAÇÃO DE SENTIDO
DOI:
https://doi.org/10.35818/acta.v16i1.1039Palavras-chave:
Ensino de gramática, Linguística Textual, Formas Remissivas Lexicais.Resumo
O presente estudo traz para discussão a renitente postura de ensino de gramática presa a regras e a normas que não contribuem para o crescimento linguístico do aluno. A fim de defender um ensino diferente, que privilegie o uso, os sujeitos e a reflexão sobre aspectos linguísticos, este trabalho propõe uma prática de ensino de gramática pautada na Linguística Textual. Para isso, trabalhou coesão textual, especificamente, formas remissivas lexicais. Procurou resposta ao seguinte questionamento: Como o trabalho com gramática, a partir da Linguística Textual, corrobora para o entendimento de que escolhas lexicais mostram que os sujeitos são atuantes, sócio e historicamente determinados? A análise, bibliográfica e qualitativa, buscou, dentre outros autores, fundamentação teórica, principalmente, em Ingedore Koch (2001; 2006; 2009; 2012; 2014). Após levantamento teórico, analisou-se um texto de autor indígena, considerando algumas subclassificações das formas remissivas lexicais:1) Expressões ou Grupos Nominais Definidos; 2) Nominalizações; 3) Expressões Sinônimas ou Quase Sinônimas”; 4) “Hiperônimos ou Indicadores de Classe”. Objetivou-se com isso analisar como o ensino de gramática contribui para o entendimento das escolhas lexicais enquanto ação, identificação e determinação do sujeito. As análises mostraram que o trabalho com a coesão não precisa ser mecânico e que as expressões, bem como o léxico não estão fadados a um sentido fechado, uma vez que são clivados pela história, contexto e intenções. Revelou que o sujeito, ao fazer uso das formas remissivas lexicais, usa o referente conforme enxerga o seu universo ao interagir sociocognitivamente com ele. As escolhas não são aleatórias, além de serem ações do sujeito revelam quem eles são, identificando-os e determinando-os.
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